
Estamos no carnaval. Dias de folia, alívio do "stress" e mostrar aos outros aquilo que nos vai na alma. Há aqueles mais recatados que preferem passar ao lado das brincadeiras carnavalescas e recolhem-se no aconchego do lar. Há gostos para tudo.
Um dos sinais que nos indica estarmos em plena época carnavalesca é sem sombra de dúvidas o uso da "máscara" por parte dos foliões.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra "máscara" significa um objecto de cartão, pano, cera ou material sintético representando uma cara, ou parte dela, destinado a cobrir o rosto para disfarçar a pessoa que o põe. Numa definição mais simplista, "máscara" significa disfarce ou falsa aparência.
Há a também chamada máscara teatral. A essência do uso é a mesma o que muda são os actores. Neste caso, a adaptação à máscara terá de ser acompanhada de uma alteração comportamental, corporal e gestual que identifique não o actor mas sim a pessoa que pretendeu caracterizar.
Tenho para mim que, actualmente, há por aí muito boa gente que faz uso diário deste objecto de adorno, transformando-se em cordeiros quando o íntimo é próprio dos lobos maus.
Por isso, temos de estar atentos e usar prespicácia para descortinar tiques de personalidade e alterações corporais e comportamentais que nos permitam identificar e afastar do rebanho esses lobos transvestidos, sob pena de, num futuro não muito longínquo, termos o rebanho de ovelhas completamente dizimado e o seu lugar ser ocupado por uma alcateia faminta e ávida de novas presas para saciar a fome.
É assim o carnaval da vida.
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