quarta-feira, 12 de novembro de 2008

SAÚDE

Folheei o Ecos da Marofa nº. 386 de 10NOV2008. Entre as muitas para não dizer a totalidade das notícias que me prenderam a atenção, houve uma que mais "aguçou" a minha curiosidade. Até pelo simples facto de eu já me ter pronunciado sobre esse assunto neste blogue.
A reportagem da televisão SIC, ocorreu precisamente numa altura em que eu me encontrava em Almofala e necessitei de recorrer aos serviços do Centro de Saúde de Figueira de Castelo Rodrigo. As consultas que pretendia eram destinadas a meus pais, sendo que o meu progenitor sofre de uma doença crónica que carece de um acompanhamento regular e em datas imprevisiviveis. Ou seja, tem de recorrer ao médico de família quando o seu estado de saúde se encontra fragilizado.
Contactei com as pessoas que foram entrevistadas pela SIC. Não está em causa a veracidade das afirmações proferidas pelos entrevistados. O que aqui está em causa é a substância dessas afirmações.
O Sr. Dr. Joaquim Pelicano, médico que eu não conheço pessoalmente mas, pelo que me dizem, trata-se de um excelente profissional, afirmou na sua entrevista que:"Consegue-se consulta num dia ou noutro, agora cada pessoa vê as situações à sua maneira, dependendo da vontade e disponibilidade de cada profissional de saúde".
Então Sr. Dr., os profissionais de saúde só atendem os pacientes se tiverem vontade? Não lhe fica bem essa afirmação, mas compreendo-a. É natural que o Sr. Dr. Pelicano tenha vontade e eu sei que o Sr. é daqueles que excede em muito as tais doze consultas diárias. Agradeço-lhe por isso em nome dos meus país de quem é o médico de familia.
Na mesma entrevista, o Sr. Dr. afirma " Se o caso de doença for grave, o médico tem obrigação de atender o doente num período máximo de 48 horas e também existe o serviço de urgências, onde está sempre um médico em atendimento."
Pelo que deduzo e posso estar enganado, na situação do meu pai, basta comparecer à consulta que a mesma é sempre garantida. Será?
Quanto à deslocação ao serviço de urgências, penso que medidas proactivas serão as mais aconselhadas. Com toda a certeza o médico de família está mais por dentro da situação clínica do doente e não precisará de efectuar um novo diagnóstico da doença.
Nesta "polémica", se me é permitida a opinião, deve-se mudar o que está mal e conservar o que está bem. Até neste aspecto poderão não existir concensos pois o que para uns está bem para outros estará mal.
No entanto, uma coisa eu garanto, haverá unanimidade nas opiniões, quando se encontrar uma solução para evitar a permanência das pessoas, altas horas da madrugada, a fim de marcar consultas médicas.

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