quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ALERTA DO SR. PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA


Terminamos mal 2008.

À boa maneira beirã, sem papas na língua, o Sr. Procurador-Geral da República, Dr. Pinto Monteiro, alertou para o possível aumento da criminalidade violenta em 2009. Não só alertou como indicou os motivos desse aumento:
Aumento do desemprego.
Existência de bairros que são autênticas ilhas de exclusão.

Os Ministros que tutelam os organismos que combatem a criminalidade comentaram cada um à sua maneira esta visão do Sr. Procurador-Geral da Republica. Enquanto o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Costa, se recusou a comentar, o Ministro da Administração Interna, Dr. Rui Pereira, disse que o Governo estava atento a este fenómeno. Esperamos que sim.

Quanto ao desemprego trata-se de um problema politico-económico que foi uma das prioridades assumidas pelo actual governo aquando da sua tomada de posse e que consta do programa eleitoral do partido vencedor.

No que diz respeito às ilhas urbanas de exclusão social, o problema é mais abrangente e teremos de recuar no tempo para justificar a sua existência. Logo após o 25 de Abril, deu-se a independência às ex-colónias portuguesas. Simultâneamente, ocorreu a maior ponte aérea alguma vez existente, entre essas ex-colónias e a metrópole. As dificuldades para realojar todos os que optaram pelo regresso foram imensas.

Por falta de estruturas ou politica de realojamento, as barracas foram sendo construídas nas periferias das grandes metrópoles. Houve uma rápida multiplicação dos habitantes. As famílias eram cada vez mais numerosas e as carências aumentavam a todos os níveis. Tornaram-se autênticos refúgios de agentes do crime que viam nestes locais o seu "porto de abrigo".

Por interesses imobiliários ou por "problemas de consciência", houve necessidade de implementar uma nova política de realojamento. Ideia luminosa. O lugar das barracas devia ser preenchido com urbanizações modernas e com outra visibilidade. Para isso, havia que realojar os antigos ocupantes em bairros sociais. E foi isso que aconteceu. Mudou-se apenas de local. Os problemas persistem e tendem a aumentar com concentrações multiraciais, com varias culturas(usos e costumes) e diferentes valores.

Que este grito de alerta do Sr. Procurador-Geral da República não caia em "saco roto".

Já estamos habituados a sofrer. O sofrimento faz parte do viver dos portugueses. Só espero e desejo que o pensamento do Sr. Procurador-Geral da República não se concretize no ano de 2009, para bem de todos nós.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

VOLTEI A SER MENINO


Hoje é dia de Natal. Pelos católicos, como eu, é recordado e comemorado como o dia do nascimento de Jesus Cristo num estábulo na cidade de Belém na Palestina. Nasceu humilde, como humilde foi a sua passagem pela vida terrena. Sabia o alcance dos seus poderes celestiais e só os utilizou para fazer o bem. Indignou-se quando tinha que se indignar (vejam a sua postura perante os vendilhões do templo). Enfim, a sua passagem pela terra, desde o nascimento até à sua morte, foi uma escola de virtudes e um incentivo à cultura dos mais nobres valores.
Neste dia especial, recordo com saudade as obrigações diárias que me eram incutidas por minha mãe. Antes de me deitar, ajoelhado junto da cama, com as mãos postas, devia rezar entre outras a oração do Anjo da Guarda. De manhã, ao acordar, devia rezar a Salvé Rainha. Com o passar dos tempos, esta rotina diária foi-se diluindo. A fé continua intocável e inabalável, o que mudou foi a motivação.
As Famílias Cristãs deixaram de incentivar os seus componentes ao cumprimento das suas obrigações religiosas. Os interesses materiais sobrepuseram-se aos valores morais. As sociedades são cada vez mais injustas, egoístas, etc. Foi um degradar progressivo em termos de valores de uma sociedade em permanente evolução.
Há que mudar esta postura para bem dos vindouros.
Bom dia de Natal para todos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FUMAR OU NÃO FUMAR, EIS A QUESTÃO







Nem o gelo nos arrefece o apetite. Na minha recente estadia em Almofala e como hábito diário, nos períodos de lazer, frequentava o Café "Amoreiras", propriedade do meu querido amigo "Zé" Eduardo e da sua amável esposa D. Marília. À entrada existe o "fatídico" dístico de proibição de fumar. O ambiente acolhedor do interior do estabelecimento contrastava com o ar gélido do exterior. Mesmo assim o vício superava o bem estar físico. Bastas vezes e em tom de brincadeira lançava um pedido de permissão de autorização para infringir a norma. Imediatamente D.Marilia num tom seco, mas com boa disposição, respondia à minha provocação com um rotundo NÃO.

No fundo, apesar da brincadeira, não me importava nada que D.Marília ou o "Zé" Eduardo num momento de inspiração e para aliviar o meu sofrimento me dissessem SIM. Reflectindo bem, talvez nem por brincadeira eu deveria ter colocado a questão. Proibição é proibição. Não há razão para excepções. Quem tiver vícios tem de suportar as suas consequências.

Quem é que me mandou a mim, depois de sete anos sem fumar qualquer tipo de tabaco, voltar a fazê-lo?

Nestes espaços públicos, frequentados por gente com "pulmões limpos" sou a favor deste tipo de restrição. Sei avaliar o mal que o tabaco provoca e que me atirou para a cama de um Hospital com uma grave broncopneumonia. Mas nem este facto me serviu de emenda, só me recordei dele nos tais sete anos.

Por tudo isto e pela defesa dos interesses dos não fumadores quero expressar ao "Zé" Eduardo e à D.Marília a minha compreensão pela decisão que tomaram de proibir os fumadores de "matar o vício" no interior do estabelecimento.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BOAS FESTAS

Nesta quadra Natalícia onde o amor deve imperar sobrepondo-se a ódios e inimizades devemos partilhar com todos, sem excepção, tudo o que de bom existe nesta nossa passagem pela vida.
Sou daqueles que não acredito no pai natal. A minha crença até por afirmação religiosa centra-se na figura do Menino Jesus, a quem eu peço PARA TODOS que tenham um óptimo e FELIZ NATAL e um Ano de 2009 com tudo o que de bom desejarem.
Em particular para os Almofalenses, estejam onde estiverem, além dos votos já expressos, espero que um dos desejos concedidos pelo Menino Jesus seja o de nunca lhes abalar a Fé de regressar um dia à terra que os viu nascer.

domingo, 21 de dezembro de 2008

VISITA A ALMOFALA DO BISPO DA GUARDA

Durante a minha estadia em Almofala tive o previlégio de acompanhar a visita pastoral a Almofala do Reverendíssimo Bispo da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício. Acompanhei-o numa romagem ao cemitério de Almofala e numa cerimónia liturgica na Igreja de Almofala. Pareceu-me uma pessoa simples, preocupado com o seu rebanho e que com esta visita pastoral pretendeu compartilhar com o "seu" povo essas preocupações. D.Manuel Felício fez bem em sentir o pulsar de um povo que trabalha e luta diariamente para angariar a sua subsistência e não votar ao abandono os bens materiais adquiridos ou legados pelos antepassados.
Particularmente fiquei bastante sensibilizado com a visita que efectuou à residência dos meus pais (conforme imagem anexa) onde se notou a sua preocupação com os enfermos e impossibilitados de se deslocarem à Casa de Deus para assistirem às litúrgias.
Por tudo isto, o meu muito obrigado ao Reverendissimo Bispo da Guarda e que Deus o ajude na sua missão Pastoral.